AS DIRETORAS ESCRAVAGISTAS …

Interessante que as professoras da escola pública pensam mesmo que aluno é uma criatura de menor importância. Assim na semelhança do tempo da escravidão, onde as senhoras de engenho, que viviam na igreja, religiosíssimas entendiam que não era pecado maltratar negros e até matá-los. Existia a crença que eles não tinham alma, não eram seres humanos. Os padres colocavam isso na cabeça delas. Bastava uma doação para a igreja já resolvia o problema de um negro morto de forma cruel e degradante sob tortura.
Agora os padres estão na figura da imprensa que odeia aluno, e sempre que pode afirma que professora é a vítima e que ensinar é profissão de risco.
O governador até criou uma PM especial para cuidar da segurança dos professores. Afinal aluno de escola pública é um perigo iminente e constantes para as santas, puras e indefesas professorinhas.
Na conversa dolorosa que tive com a Diretora da Escola República do Panamá, ela me pareceu tão pateticamente sincera que doeu. Ela não acha que expulsar, humilhar e violar todos os direitos dos alunos é coisa reprovável. Se acha uma professora e tanto, amante da profissão. Interessada no sucesso da educação, mas os alunos…ah…esses são o problema da escola.
O testemunho de 30 alunos de uma sala e várias familias não são nada, diante da palavra dela.
No meio da conversa ela declara que respeita o Governador, o Secretário da Educação, a Dirigente Regional, os professores os pais e alunos.
Assim nessa ordem.
Então é esse um dos problemas, a ordem das coisas na escola pública está longe de ser natural. Professora tida como santa, sem pecados e que não erra.Elas ACREDITAM nisso.
Então meio sem paciência expliquei para ela que a ordem estava de cabeça para baixo, como está de cabeça para baixo a escola pública em São Paulo.
O patrão dela não é o Governador, nem o Secretário, nem a Dirigente. O trabalho dela não deve ser em conjunto e por interesse da professoras. Esse pessoal todo é “empregado” dos pais. Recebem dos pais para gerenciar o imposto.Só isso.
O patrão de um servidor público é o público.
O patrão de uma diretora de escola são os pais que pagam para ela prestar um bom serviço para os seus filhos.
Não quer dizer que os pais e alunos por pagarem a conta devam faltar com o respeito aos professores. Assim como nenhum patrão pode, nem deve.
Essa cultura de escravidão onde aluno não tem palavra, nem direito, nem voz é que se arraigou e apodreceu. Tudo acima dessa cultura do endeusamento de professoras que se comportam como se estivessem fazendo uma caridade aos pobres alunos, deu nisso.
Acho que essa diretora deve estar em choque até agora…
Quem sabe, amanhã ela acorda com a realidade e repensa a escola que ela pensa que é dela.

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