Arquivo do ano: 2011

A NOTÍCIA MAIS TRISTE DE 2011.

Veio de Porto Alegre a notícia mais triste do ano de 2012. Não que só no Rio Grande do Sul aconteçam injustiças, abusos e violência contra alunos. Só que esse caso de Porto Alegre foi divulgado em toda imprensa e levaram os maus professores ao delírio.
O aluno preso há um ano foi julgado e condenado a dez anos e seis meses em prisão de segurança máxima. Com emprego, residência fixa, sem antecedentes criminais, ousou discutir o que professor de modo geral acha que é afronta. Discutiu seus direitos.
Roubado em sua nota o aluno do curso de Téc
nico de enfermagem, vai até a sala da Coordenação do Curso.
Na primeira vez que a Rederecord divulgou a notícia, ela contou a versão verossímil, diante de tantos descalabros que se conhece. Casos de abusos e arrogância de maus professores são o cotidiano em todas as escolas, principalmente em escola pública o que não quer dizer que são as únicas.
Na sala da coordenação entra o aluno e a professora chama o segurança e o porteiro, ambos muito fortes, mais que o aluno de 25 anos.
A professora queria que ele assinasse um documento desistindo do curso depois de ofende-lo por ser negro. Ouviu muitas ofensas e irritado tenta se levantar e sair da sala, sem assinar nada. Os dois homens o agarram, ele se desvencilha de um e rola no chão com o outro, levanta e pega uma cadeira, a professora entra na frente para impedi-lo de sair e ele lhe dá uma cadeirada, que pega seus antebraços e o rosto. Ela cai e ele foge correndo, no calor do embate sem perceber nem quem teria atingido.
No mesmo dia a Record alega que o delegado de policia não encontrou nenhum motivo que ensejasse a prisão do aluno, mas que a pressão da imprensa era muito grande.
Assim mesmo que funciona. A imprensa quarto poder manda nos outros três. Mandou prender o aluno, que foi depois de um ano julgado e condenado a 10 anos e seis meses em prisão de segurança máxima.
Se este fosse mesmo um país sério, quem deveria ser presa seria a professora e os seus dois seguranças. Afinal racismo é ou não é crime inafiançável ?
Que o mito de professora santa é mesmo muito forte, mas não está na lei ainda que reagir a abuso de professora é crime hediondo.
Veio ainda o pior:
A Folha.com, um espaço online do Jornal Folha de São Paulo, divulga a notícia e as mensagens de professoras sobre o caso. Elas achavam pouco, 10 anos e 6 meses de prisão em segurança máxima. Pediam coisas que fariam Torquemada corar de vergonha. eu sentí vergonha de ser da mesma espécie que aquelas professoras, longe se merecer serem chamadas seres humanos. Pediam que o aluno tivesse também os braços e os dentes quebrados e jogado na cela sem socorro, que sofresse violência sexual, se transformando na cadeia em “bonequinha negra”. Coisas de dar náuseas.
Escrevi para a OAB de Rio Grande do Sul e o presidente respondeu que mandaria o caso para a Comissão de Direitos Humanos.
Pedí no ar,no programa Assembléia Popular, em São Paulo a interferência da Pastoral Afro Achiropita, e o representante da entidade Professor Guilherme Botelho Junior prometeu tomar medidas.
Até agora,não se sabe de mais nada. A imprensa já se fartou com a desgraça do aluno,não irá divulgar se o caso foi revisto e reaberto, a injustiça corrigida se o estado vai pagar uma indenização ao aluno negro….Coisa tão brutal que nenhuma dinheiro iria compensar, mas seria um exemplo para outros, e encorajaria outros alunos negros.
A minha teimosa esperança está firme e viva.
Aceitar esse aluno preso em cadeia de segurança máxima porque reclamou seus direitos é admitir que tudo está perdido no Brasil.
Eu não admito.Acredito na OAB de Rio Grande do Sul e acredito na justiça.
Creio também em Deus todo poderoso, por conta disso acredito que a Igreja Católica com a bênção de Nossa Senhora Achiropita e a pastoral Afro tome medidas urgentes e severas que o caso exige.
Falando em fé também espero que os Orixás que protegem os negros interfiram também.
Do jeito que está feia a coisa a gente pede mesmo para todos os Santos, e todas as forças da natureza além dos seres humanos.
Quem sabe a liberdade desse aluno seja a melhor notícia logo no começo de 2012.
Amém.
NamastÊ.
Shallon.
Axè
Banzai
Aleluia…

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Como funciona o “conselho de classe” da sua escola?


Como funciona o “conselho de classe” da sua escola?
Alguma semelhança com a Escola da Ponte há 36 anos?
José Pacheco – 27-05-2011.

Naquele tempo, as reuniões de sábado, que eram reuniões obrigatórias…

ainda não havia estas coisas dos “PPPs”, faz-de-conta… era dar aula… e acabou…

A reunião existia, mas ninguém levava para lá nada de pedagógico…

A reunião era assim: uma professora estava a mostrar as fotografias do casamento da filha as outras…

Outra fazia crochê no cantinho, outra fazia malha, outra contava a viagem que tinha feito nas férias…

Tudo com atos de convivencialidade, o que é ótimo, mas nada de pedagogia

E não é que eu vejo estas duas [professoras] lendo um livro de pedagogia?
aí já não cumpri a demissão… aproximei-me delas…

E foi aí que tudo começou…
O resto é uma história de 36 anos…

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GRANDE PROFESSORES, LAURO E GLORIA, EDUCADORES DE FATO.

As verdades sobre a escola que ninguém quer ouvir

“Deixar uma classe passiva “ouvindo discursos” não é só uma crueldade: é um atentado às conquistas definitivas da psicogenética. Classe não é auditório para os alunos e tribuna para o professor. É oficina em que se pensa, debate, manipula, pesquisa, constrói. Meditar é a forma mais sublime da atividade, a atividade específica do ser humano. Meditar – não decorar. Refletir. Ensinamos a nossos alunos como se fossem animais. Como se não tivessem razão.”

“O ser humano exige finalidade em tudo que faz. Não agimos sem objetivo claro e reconhecido como válido. Se o que ensinamos não parece ter utilidade para os adolescentes, eles fogem de nós, julgando-nos num mundo irreal que eles não encontram lá fora.”

“Deixemos de recriminar a juventude por não querer ouvir discursos, se nós mesmos não os toleramos. Sejamos autênticos, realistas e leais para com a juventude. Ela não está perdida. Está sendo lograda. Fechemos as malhas da peneira, senão, amanhã não teremos dirigentes.”

Professor Lauro de Oliveira Lima

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COPIEI DO BLOG DA GLORIOSA PROFESSORA GLORIA

“Mestres terríveis…”, nossa herança histórica

Gilberto Freire

Casa-Grande & Senzala

“Nos antigos colégios, abusou-de criminosamente da fraqueza infantil. Houve verdadeira volúpia em humilhar a criança, em dar bolo em menino. Reflexo da tendência geral para o sadismo criado no Brasil pela escravidão e pelo abuso do negro.

O mestre era um senhor todo poderoso. Do alto de sua cadeira, que depois da Independência tornou-se uma cadeira quase de rei, com a coroa imperial esculpida em relevo no espaldar, distribuía castigos com o ar terrível de um senhor de engenho castigando negros fujões.

Ao vadio punha de braços abertos, ao que fosse surpreendido dando uma risada alta, humilhava com um chapéu de palhaço na cabeça para servir de mangação à escola inteira, a um terceiro, botava de joelhos sobre grãos de milho. Isto sem falarmos da palmatória e da vara – esta muitas vezes com um espinho ou um alfinete na ponta, permitindo ao professor furar de longe a barriga da perna do aluno.

O aluno que não soubesse a lição de português, que desse uma silabada em latim, que borrasse uma página do caderno – quase um missal – de caligarfia, arriscava-se a castigo tremendo da parte do mestre., do mestre-régio, do diretor do colégio. (…)

Um errinho qualquer e eram bordoadas nos dedos, beliscões pelo corpo, puxavante de orelha, um horror. Mestres terríveis…”

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Retrospectiva 2011. Pior Série de Reportagens: “Conselho de Classe” (Fantástico, TV Globo, 13-11 a 20-12-2011).

Cremilda denuncia canalhice da TV Globo. Assembleia Popular – 19-11-2011.

Pergunta: O que há de comum entre ume “ex-apresentador-BBB”, uma “ex-moça-do-tempo’ e um “ex-repórter-esportivo” da TV Globo?
Reposta: nenhum deles tem a menor noção do que seja ensino-aprendizagem…

Uma reportagem “Conselho de Classe” poderia ser um novo paradigma na educação brasileira, mas não passou de um grande desperdício de centenas de horas gravadas e milhares de reais jogados no lixo…
A troupe do Fantástico conseguiu uma proeza: acompanhar o “dia a dia” e uma escola pública, de horário integral, sem mostrar uma única vez como é que as atividades dos alunos estão distribuídas ao longo do dia…

A farsa, o preconceito e a manipulação da reportagem “Conselho de Classe” ficou evidente na viagem à Portugal, quando os quatro professores-bbb visitaram a Escola da Ponte…
Por que o Fantástico não informou dados relevantes sobre a Escola da Ponte:
1) é a única escola que tem autonomia em Portugal;
2) a escola tem um contrato de gestão com o ministério da educação;
3) os professores têm dedicação integral à escola;
4) os professores não faltam e nem falsificam licenças médicas;
5) a escola não tem “diretor”… todos os professores são “diretores”… o “salário do diretor” é dividido entre todos os professores;
6) a escola tem ficado em primeiro lugar nas avaliações nacionais de Portugal;
7) os alunos não são obrigados a frequentar as “aulas” nem a ficar nas “salas de aulas”;
8) os alunos são ouvidos pelos professores, que atuam mais como orientadores;
9) o princípio é a auto-avaliação… os alunos é que apresentam aos colegas e aos professores o resultado dos seus projetos desenvolvidos no período;
10) a escola é aberta á participação dos pais e da comunidade;
11) a escola tem recebido todo tipo de alunos excluídos de outras escolas;
12) nos últimos 30 anos não houve suspensão nem expulsão de alunos.

A verdade é que as foquinhas amestradass do programa Fantástico não fizeram a “lição de casa” sobre o que é “ensino-aprendizagem” e nem mesmo tiveram a humildade de entrevistar o professor José Pacheco, um dos criadores da Escola da Ponte… as fantásticas foquinhas ficariam surpresas com a quantidade de bobagens apresentadas na reportagem “Conselho de Classe”…
Para quem não conhece a Escola da Ponte, apresentamos uma série de “vídeos-supletivos” com o professor José Pacheco e os principais pontos do seu revolucionário método de ensino e gestão escolar:

continua…

Mauro Alves da Silva

Vejam mais vídeos aqui:
Professor confessa “amor e ódio” pelos alunos. Fantástico – TV Globo – 13-11-2011.
Professores “sem classe” rindo das notas baixas dos alunos.
Fantástico e TV Globo falsificam educação em Portugal.

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