O PAI-TIGRE ( é assim que se faz)

Mais uma vez concordante e concordando com a Cremilda (Ainda bem que agora não sou mais solitário e mais um vem a concordar com ela), creio que o problema é do professor e da Academia que o formou…Rançosa, autoritária, dogmática, paradigmática e bur(r)ocrata.
Quanto a tal Lei de “proteção” a funcionários públicos, é mais um “lixo autoritário” que teima em não nos deixar, recuerdos da ditadura civil-militar e tenho um exemplo pessoal a respeito :
Nos ultimos dois anos do 3º. grau, tive que coloocar minhas duas filhas a estudar em colégio público estadual e na terceira semana de aula delas o diretor começou a circular nas salas literalmente gritando que não permitiria atrasos superiores a cinco minutos fora do tempo normal de entrada, e aí então uma das minhas filhas (ambas “puxaram” ao pai, inclusive o meu garotão, hoje universitário, no aspecto cobrar e falar nas buchas) retorquiu ao diretor que então a via fosse de mão dupla e os professores também não se atrasassem a entrar em sala de aula, e que eles também não faltassem como frequentemente faziam alguns às vezes ainda no inicio do ano letivo que davam uma aula dia sim dia não, no que foi acompanhada pela irmã dela. A autoridade do diretor disse que minhas filhas estavam sendo grosseiras por responderem a um diretor de escola e mandou-as ir para casa e voltar no dia seguinte com um dos pais…
Eu fui e preferi ir sózinho e lá chegando ouvi o que ele tinha a dizer e retruquei nas buchas que elas estavam com razão, pois quem cobra responsabilidade tem de mostrar e provar que a possui, e a cobrança delas era justa, aí ele engrossou e disse que eu estava complicando e agredindo uma autoridade pública e que havia uma lei a ampará-lo, que um diretor de escopla nãpo pode ser contraditado em publico numa sala de aula, que assim a autoridade dele frente aos alunos fica comprometida, ou seja, o “cara” se achava o rei-imperador…rsrsrsr
Eu disse que ele acionasse a lei que eu estava já em contato com as autoridades educacionais responsaveis e se preciso iria à justiça comum e que para o conhecimento dele eu havia lutado e militado na juventude contra a ditadura, acostumado a lutas em prol de direitos e ele não conhecia quem ele, sim, agora estava ameaçando com a lei… e me retirei… Não deu tempo nem eu chegar em casa de volta e ele me liga ao celular pedindo desculpas e pedindo que eu mandasse as minhas filhas para assistir as aulas… e eu disse que ele como educador e mestre deveria mostrar educação, formação a necessária humildade de mestre e pedir desculpas a elas e disse que elas iriam às aulas e , aí sim, eu deseducadamente, deselegantemente, aborrecido e grosseiramente desliguei na cara dele, o que em seguida reconheci a mim mesmo… mas minhas filhas foram para as aulas e nada mais foi comentado e tudo voltou a ser como antes no quartel de abrantes… Agora o tal diretor é “meu amigo” me passa e-mails, me convida para eventos no colégio, mesmo um ano depois de minhas filhas haverem saído e concluido o 3º. ano… Em resumo, professor, diretor de escola, bedel, porteiro, todos se acham magnanimos, perfeitos e “iluminados” chefes e os alunos são seus servos-subalternos – isso numa escola pública, imagina em escolas privadas.
Próximo à minha casa funciona uma unidade de Colegio particular-privado que tem em seu corpo de bedeis-fiscais – ou seria de guarda? – dois soldados da Policia Militar que há uns dois anos atrás agrediram, espancaram e queriam prender um adolescente que vendia bombons, revistas em quadrinhos e “bugigangas” numa calçada defronte do colégio, sob a alegativa de que ele também vendia bebida alcóolica para os alunos o que era pura balela e que no fundo era represália (encomendadas?) pela venda de revistas, bombons e etc. que uma lojinha dentro do colégio também fazia…Passava na hora e protestei, argumentei que mesmo que o adolescente estivesse cometendo um delito eles não podiam espancá-lo como haviam feito e faziam, e eles disseram que iam prender o jovem ambulante e a mim também, eu eu os desafiei que assim o fizessem se queriam perder o emprego tanto na Policia quanto no colégio… E eles de imediato arguiram a tal lei de ofensas a funcionário público e de desacato a autoridade e aí eu perguntei se eles achavam que eu era algum idiota e se eles estavam exercendo um trabalho público ou investidos de autoridade pública usurpando-a, exerciam uma atividade privada, e aí um deles, talvez o mais esclarecido, chamou o outro, liberou o ambulante e “escafederam-se”…
Mas ambos ainda continuam a “fazer bicos” vez ou outra, à paisana, pelo colégio.
É isso a nossa escola hoje…
Vilemar

Em 26 de março de 2011 19:46, escreveu:

Bem, pedí licença ao Vilemar para reproduzir aqui seu texto.
Tenho sempre dito que os pais omissos, calados são tambémculpados pela violência da escola.
O medo justificado, não pode ser o medo paralisante.
Se os pais fizessem como o Vilemar, esse pai tigre, que deu o grito do pai-tigre, quem sabe a escola pública melhoraria.

7 Comentários

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7 Respostas para “O PAI-TIGRE ( é assim que se faz)

  1. Cremilda Estella Teixeira

    O Angelonis sabe que não dá para enganar mais.
    Só é para não perder o costume

  2. Angelonis

    Essa Cremilda é uma louca….ela deve ter trauma de escola e resolveu perseguir professores…..hoje sou médico graças aos meus pais e professores,
    a escola tem uma diversidade que ela provavelmente desconhece…..seria interessante se a Dona Cremilda conseguisse fazer alguma coisa mais útil pela educação, desse fala-fala já basta nossos políticos.

  3. Cremilda, peço licença para lincar esta mensagem. Realmente, se houvesse um desses em cada escola… Abraço!

  4. Marcos Guedes

    Parabéns, Pai. Sou professor na Rede Estadual de São Paulo há 28 anos, e hoje me sinto envergonhado em ver diretores ignorantes,analfabetos funcionais e políticos exercendo funções nas escolas.Fora, os vice diretores que eles deisgnam, e . claro, nem há a necessidade de falar que lêm na mesma cartilha.Acham que são os donos da escola,não respeitam alunos,professores ,as instituições escolares(APM/CONSELHO DE ESCOLA) e aindam querem ser respeitados.PARABÉNS

    • Cremilda Teixeira

      Pois é.
      Um pai assim, dá uma injeção de ânimo na gente, não dá ?